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Atualizado: 20 minutos 36 segundos atrás

Táxis de BH ganham nova marca com ícones importantes da cidade

qui, 24/04/2025 - 18:00
O obelisco da Praça Sete de Setembro e as curvas da Igrejinha da Pampulha, dois importantes cartões-postais da capital, ilustram a nova identidade visual. Foto: Divulgação PBH

A Prefeitura de Belo Horizonte lançou a nova marca dos táxis de BH durante a Feira Táxi 2025, que aconteceu pela primeira vez no pátio da BHTrans (Avenida Eng. Carlos Goulart, 900, Buritis), entre 7 e 11 de abril. O obelisco da Praça Sete de Setembro e as curvas da Igrejinha da Pampulha, dois importantes cartões-postais da capital, ilustram a nova identidade visual.  A expectativa da BHTrans e da Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob) é que cerca de 6 mil veículos já estejam adesivados. 

A nova identidade visual representa a cidade de forma única e o reconhecimento acontecerá facilmente. Mais do que uma mudança estética, cria uma conexão emocional com moradores e visitantes, além de tornar o reconhecimento dos táxis mais fácil e imediato, aumentando a sensação de segurança e pertencimento. 

Os taxistas terão 90 dias para providenciar a adesivação dos veículos, que poderá ser feita por qualquer profissional da área. Ou seja, desde que esteja em conformidade com o Manual de Identidade Visual dos Táxis.

Frota diversificada e eficiente

Atualmente, Belo Horizonte conta com 6.377 táxis ativos. São 195 da linha premium, 124 do serviço Lotação (que circulam nas Avenidas do Contorno e Afonso Pena) e 34 acessíveis (adaptados para o transporte de pessoas que utilizam cadeiras de rodas ou que possuem mobilidade reduzida).

De acordo com Rodrigo Pimenta da Silva, gerente de Controle e Vistoria da Frota da Sumob, a nova marca de táxis de BH reforça a identidade de um serviço de utilidade pública caracterizado pela modernidade dos veículos. Além disso, pelo alto padrão de qualidade.

“Atualmente, nossos táxis têm, em média, 3 anos e 11 meses de uso, a nossa frota é diversificada, composta por diferentes marcas e modelos, o que contribui para a eficiência e a adequação às necessidades da população”, destaca.

Conforme o órgão, em outubro do ano passado, a PBH autorizou o uso de caminhonetes cabine dupla no serviço por táxi. A medida visa facilitar o transporte de volumes maiores e cargas leves, como compras de supermercados, feiras e centros comerciais, além de bagagens e malas de viagem. Entre os requisitos, os veículos devem estar equipados com uma capota impermeável que cubra completamente a caçamba, garantindo a proteção da bagagem ou do volume transportado. O uso serve apenas para transportar volumes pertencentes aos passageiros que estejam sendo transportados, e exclusivamente durante o período em que eles estiverem no veículo.

Nova versão do APP

Ainda durante o evento, houve a apresentação da nova versão do aplicativo Sumob Operador. Ele foi desenvolvido para facilitar a integração bem como a comunicação entre a PBH e os operadores do transporte público de Belo Horizonte (escolares, transporte suplementar e taxistas). Com layout moderno, o novo app trouxe diversas melhorias. Dessa forma, tornando mais efetivo a oferta de serviços, como verificação de pendências, agendamento de baixa e inclusão de veículos. Além disso, atualização de dados pessoais no cadastro dos operadores, envio de notificações e informes da Gerência de Controle e Vistoria da Frota, da Superintendência de Mobilidade (Sumob). 

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Acidentes com caminhões e ônibus causaram três vezes mais mortes que veículos pequenos em 2024 nas rodovias federais

qui, 24/04/2025 - 13:30
Acidente com caminhão em rodovia de Minas Gerais. Foto: Corpo de Bombeiros/MG

Em 2024, veículos de grande porte foram responsáveis por mais da metade (53%) das mortes nas rodovias federais brasileiras, deixando mais de 24 mil feridos. Apesar de representarem a menor parte da frota total de veículos no país (4% em 2024), caminhões e ônibus protagonizam os acidentes mais letais. No ano passado, foram registrados 20.744 acidentes envolvendo esses veículos, resultando em 3.291 mortes e 24.148 feridos. No total, 2024 computou 6.160 mortes, 84.489 feridos e 73.121 acidentes. 

A estatística demonstra que ocorre uma morte a cada 6 acidentes envolvendo caminhões e ônibus nas rodovias federais. No caso de carros, uma morte é registrada a cada 18 sinistros.

“Sabemos que 90% dos acidentes são provocados pelo fator humano e que 30% das causas estão relacionadas a desatenção, fator diretamente ligado à falta de sono, ansiedade e estresse, justamente os componentes presentes na realidade dos caminhoneiros brasileiros. Por isso, o cumprimento da Lei do Descanso é tão importante”, explica Adalgisa Lopes, especialista em Psicologia do Trânsito e presidente da Associação de Clínicas de Trânsito de Minas Gerais (ACTRANS-MG).

A falta de descanso adequado transforma caminhoneiros em “bombas-relógio” sobre rodas. “Para conseguir se manter acordado, muito motorista usa substâncias proibidas como estimulantes, anfetaminas e até cocaína. Não é exagero afirmar que isso transforma condutores cansados em bombas prestes a explodir”, comenta a psicóloga.  

A privação de sono impede funções restauradoras essenciais do organismo, comprometendo a saúde física e mental. Para motoristas profissionais, os efeitos são perigosos e incluem redução da capacidade de perceber estímulos; comprometimento na tomada de decisões rápidas; dificuldade na leitura de sinalizações de trânsito e aumento da irritabilidade e comportamentos imprudentes.

Fiscalização intensificada

Diante do aumento do número de acidentes nas rodovias federais, nos últimos dois anos, a PRF mais que dobrou as operações de fiscalização da Lei do Descanso, saltando de 10.119 comandos em 2023 para 21.278 em 2024. Somente no ano passado, houve a emissão de 78.658 autuações por descumprimento da legislação. “Considerando que a fiscalização atinge uma pequena parcela das infrações, vemos que a quantidade de motoristas que descumprem a lei do descanso é maior. E isso se traduz em maior risco de acidentes, mortos e feridos”, alerta Adalgisa.

O que diz a lei

Desde 2015, a Lei do Descanso determina 11 horas de repouso a cada 24 horas para motoristas profissionais. Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou essa regra ainda mais rígida ao proibir a possibilidade de fracionar o período de descanso. No entanto, a infraestrutura das estradas brasileiras não acompanhou essa evolução legislativa, já que não há pontos de parada em número suficiente nas rodovias brasileiras. 

Caminhos para uma solução

Diante dos desafios de infraestrutura, especialistas apontam outras medidas necessárias. Além de intensificar a fiscalização, é preciso rever a flexibilização do prazo de renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para 10 anos no segmento de motoristas profissionais. 

“Esta modificação representa uma redução preocupante na frequência das avaliações médico psicológicas essenciais para esta categoria. Isso cria um longo período sem avaliação, o que é potencialmente perigoso na identificação precoce de condições incapacitantes, como transtornos psiquiátricos, incluindo quadros depressivos, dependência de substâncias psicoativas e deterioração progressiva da aptidão física dos condutores”, comenta a psicóloga especialista em Trânsito e diretora da Actrans-MG, Giovanna Varoni.

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Excesso de velocidade lidera infrações nas rodovias federais em 2024

qui, 24/04/2025 - 08:15
A liderança, com larga margem, continua sendo do excesso de velocidade. Foto: Divulgação PRF

O Brasil ultrapassou a marca de 6,5 milhões de infrações de trânsito registradas nas rodovias federais em 2024, de acordo com o Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal (PRF), lançado na semana passada. A liderança, com larga margem, continua sendo do excesso de velocidade, que sozinho responde por quase 90% das autuações nas rodovias federais.

A infração mais comum foi transitar até 20% acima da velocidade máxima permitida, com impressionantes 5,5 milhões de registros. Na sequência, aparecem motoristas que ultrapassaram entre 20% e 50% do limite, com mais de 926 mil autuações.

As 5 infrações mais cometidas em 2024:
  1. Velocidade até 20% acima do permitido – 5.556.792
  2. Velocidade entre 20% e 50% acima do permitido – 926.610
  3. Ultrapassagem em faixa contínua – 228.032
  4. Veículo não licenciado – 206.647
  5. Veículo em mau estado de conservação – 142.790

Também estão entre as mais recorrentes: falta de cinto de segurança (tanto do condutor quanto dos passageiros), dirigir sem CNH, alterações em sistemas de iluminação e sinalização e transitar pelo acostamento.

Infrações por estado

Entre os estados, Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES) lideraram em quantidade de infrações por velocidade, com 1,8 milhão e 661 mil autuações nas rodovias federais, respectivamente. Em relação ao uso do cinto de segurança, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul aparecem entre os estados com mais registros.

O número de infrações por recusa ao teste do bafômetro (art. 277 do CTB) também chama atenção, com 48.670 ocorrências, quase cinco vezes mais que os casos confirmados de alcoolemia (9.591).

O que dizem os dados?

O cenário reforça que, mesmo com campanhas educativas e operações intensificadas da PRF, comportamentos arriscados ao volante seguem sendo rotina nas rodovias brasileiras. Excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e falta de equipamentos obrigatórios são fatores diretamente ligados ao aumento de sinistros — como mostram também os números de acidentes e mortes no mesmo ano.

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Detran leva educação para o trânsito aos jovens de Teresina

qua, 23/04/2025 - 18:00
Os estudantes também receberam informações sobre as ocorrências mais frequentes no trânsito, com ênfase nos acidentes envolvendo motocicletas. Foto: Divulgação Detran/PI

O Departamento Estadual de Trânsito do Piauí (Detran/PI) realizou, ontem (22), mais uma palestra sobre educação e cuidados no trânsito, desta vez direcionada aos jovens alunos do ensino Médio do Centro Estadual de Educação Profissional Prefeito João Mendes Olímpio de Melo, localizado na zona Norte de Teresina.

A ação, realizada em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc), integra uma série de palestras educativas voltadas para estudantes, com o objetivo de fortalecer a cultura de prevenção e segurança no trânsito entre os jovens.

Durante o encontro, os educadores do Detran abordaram temas essenciais, como o uso correto dos equipamentos de segurança e a importância do respeito às leis e normas de circulação. A atividade contou com a exibição de vídeos educativos e dinâmicas interativas, que estimularam a reflexão sobre comportamentos que podem salvar vidas no trânsito.

Os estudantes também receberam informações sobre as ocorrências mais frequentes no trânsito, com ênfase nos acidentes envolvendo motocicletas.

As ações educativas do Detran têm contribuído para a redução de acidentes e mortes nas ruas e rodovias do Estado, promovendo uma cultura de segurança e responsabilidade. Elas também reforçam políticas públicas que buscam reduzir em até 50% o número de mortes no trânsito até 2030.

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Golpes com taxas de veículos: veja como não cair nessa armadilha

qua, 23/04/2025 - 13:30
Veja orientações de orientações de como realizar pagamentos seguros. Foto: Divulgação PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) faz um alerta importante sobre golpes para quem precisa pagar taxas obrigatórias de veículos, como o licenciamento anual. Estão em alta as fraudes aplicados por criminosos que usam sites falsos e mensagens enganosas para ludibriar motoristas.

Com o avanço da digitalização, muitos serviços do Detran agora são feitos online — e isso virou oportunidade para fraudes. Já foram identificados, no Paraná e em outros estados, sites clonados com aparência quase idêntica à do site oficial do Detran, oferecendo serviços como emissão de guias, regularização de documentos e até leilões fictícios.

Esses sites costumam ter endereços parecidos com os verdadeiros, mas com pequenas alterações que passam despercebidas. Pior: eles ficam pouco tempo no ar, dificultando o rastreamento e a retirada do conteúdo pelas autoridades.

Veja também Carteira de Habilitação (CNH) Fake News da CNH Social: como identificar sites falsos e se proteger de golpes Notícias Detran alerta para golpes por mensagens SMS Mobilidade e Tecnologia Detran alerta sobre tentativas de golpes e falsos leilões Suspeitou de golpe? Veja o que fazer:
  • Registre um boletim de ocorrência na Polícia Civil;
  • Guarde todos os comprovantes de pagamento;
  • Tire prints das páginas acessadas para ajudar na investigação.
Dicas para fazer pagamentos de forma segura:

1. Use apenas canais oficiais

Acesse diretamente o site do Detran do seu estado (ex: www.detran.pr.gov.br) e verifique se o endereço termina com “.gov.br”. Aplicativos oficiais do Detran também são uma alternativa segura.

2. Cuidado com mensagens e links de terceiros

O Detran não envia boletos por e-mail, SMS ou WhatsApp. Desconfie de qualquer link recebido fora dos canais institucionais.

3. Confira quem vai receber o pagamento

Antes de pagar um boleto ou Pix, confirme se o destinatário é um órgão público estadual. Não faça pagamentos a nomes ou empresas desconhecidas.

4. Desconfie de “vantagens”

Sites que prometem descontos em taxas ou “facilidades” fora do comum podem ser armadilhas.

5. Atenção ao Pix

Só use Pix se tiver certeza de que a chave pertence ao Detran. Não transfira para CNPJs ou chaves aleatórias.

6. Verifique os dados do boleto

Antes de concluir o pagamento, confira o nome do beneficiário, CNPJ e banco. Qualquer erro pode indicar golpe.

7. Cuidado ao usar mecanismos de busca (como o Google)

Os primeiros links que aparecem, geralmente patrocinados, podem ser sites falsos. Sempre confirme se o endereço é o oficial.

Fique atento e compartilhe essas informações com amigos e familiares. Evitar golpes começa com informação segura!

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Por que é proibido transportar crianças menores de 10 anos em motos? Entenda!

qua, 23/04/2025 - 08:15
A proibição do transporte de crianças menores de 10 anos em motocicletas é uma medida baseada em estudos técnicos. Foto: sinenkiy para Depositphotos

Desde abril de 2021, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe o transporte de crianças com menos de 10 anos em motocicletas, motonetas e ciclomotores. A medida, estabelecida pela Lei nº 14.071/20, visa aumentar a segurança dos pequenos e reduzir os índices de sinistros de trânsito envolvendo esse público vulnerável.

O que diz a legislação sobre o transporte de crianças em motos

O artigo 244 do CTB determina que é infração gravíssima conduzir motocicleta transportando criança menor de 10 anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar da própria segurança. As penalidades incluem:

  • Multa de R$ 293,47;
  • Suspensão imediata do direito de dirigir;
  • Retenção do veículo até regularização;
  • Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • Sete pontos na habilitação.
Veja também Fiscalização e Legislação Lei da Cadeirinha não mudou em 2025 – regras já estão em vigor desde 2021 Segurança Você sabia por que crianças menores de 1,45 m precisam usar assento de elevação no carro? Descubra a razão! Reciclagem de CNH Veja erros graves que podem levar à suspensão direta da sua CNH Motivos da proibição

Especialistas apontam que crianças abaixo de 10 anos não possuem desenvolvimento físico e cognitivo suficientes para garantir sua segurança como passageiras em motocicletas.

“Elas podem não conseguir se equilibrar adequadamente, alcançar os apoios para os pés ou segurar-se firmemente no condutor, aumentando o risco de quedas e lesões graves em caso de sinistros”, afirma Celso Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito.

Além disso, o peso e a movimentação da criança na garupa podem comprometer a estabilidade da moto, exigindo maior habilidade do condutor para manter o controle do veículo, especialmente em manobras e curvas.

Recomendações para o transporte seguro de crianças em motos

Mesmo para crianças com 10 anos ou mais, é essencial observar algumas recomendações para garantir a segurança durante o transporte em motocicletas:

  • Capacete adequado: deve ser do tamanho correto para a criança, estar bem ajustado e possuir viseira ou óculos de proteção.
  • Alcance dos pedais: a criança deve conseguir apoiar os pés nos pedais da garupa.
  • Capacidade de se segurar: é fundamental que a criança tenha força e coordenação para segurar-se firmemente no condutor durante todo o trajeto.
Explicação técnica

A proibição do transporte de crianças menores de 10 anos em motocicletas é uma medida baseada em estudos técnicos e visa proteger a integridade física dos pequenos.

“O descumprimento da norma não só coloca a vida da criança em risco, mas também acarreta penalidades severas para o condutor. Portanto, é fundamental que os motociclistas estejam cientes da legislação e adotem práticas seguras ao transportar passageiros”, conclui o especialista.

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PRF encerra Operação Semana Santa e Tiradentes em todo o país

ter, 22/04/2025 - 18:00
A PRF reforçou a fiscalização nas rodovias federais em todas as regiões do país. Foto: Divulgação

APolícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou na segunda-feira (21) a Operação Semana Santa e Tiradentes 2025. Desde a última quinta-feira (17), a PRF reforçou a fiscalização nas rodovias federais em todas as regiões do país, com o objetivo de manter a segurança viária, prevenir sinistros e fiscalizar condutas irregulares por parte dos motoristas.

No foco das ações de fiscalização estiveram algumas das infrações mais registradas em 2025. As estatísticas da Operação trazem o excesso de velocidade, as ultrapassagens indevidas, o não uso do cinto de segurança e a alcoolemia ao volante ainda como as  condutas irregulares e perigosas que mais os condutores cometeram no feriadão, quando houve a fiscalização de mais de 118 mil pessoas e 96 mil veículos. A PRF registrou 57.062 infrações.

Infrações17 a 21 de abril de 2025Excesso de velocidade
61.687 imagens capturadas de veículos acima do limite de velocidadeUltrapassagem indevida
4.875Deixar de usar o cinto de segurança
3999Alcoolemia Recusa ao teste do etilômetro: 1.097Constatação de consumo de álcool: 158
(81.758 testes com o etilômetro foram realizados e 73 pessoas foram detidas)

As estatísticas da Operação Semana Santa/Tiradentes são preliminares, devido ao prazo para consolidação das informações nos sistemas da PRF. (Estatísticas atualizadas em 22/4/2025 – 03:03, 07:02 e 07:12)

Sinistralidade 

Durante a  Operação Semana Santa e Tiradentes 2025, de 17 a 21 de abril, a PRF registrou 1.038 sinistros em todo o Brasil. Nessas ocorrências, 1.198 pessoas ficaram feridas e  outras 86 morreram.  Os estados de Santa Catarina (145), Minas Gerais (118) e Paraná (110) ocupam os primeiros lugares no ranking nacional de sinistralidade. 

As estatísticas da Operação Semana Santa/Tiradentes são preliminares, devido ao prazo para consolidação das informações nos sistemas da PRF. (Estatísticas atualizadas em 22/4/2025 – 03:03, 07:02 e 07:12)

O feriado prolongado – que reuniu duas datas nacionais na sexta-feira (18) e segunda-feira (21) – foi marcado por uma tragédia no Rio de Janeiro. Na madrugada de sexta-feira, três valorosos agentes da Polícia Rodoviária Federal perderam a vida durante um acompanhamento tático de dois motociclistas que fugiam de uma blitz. Os policiais participavam de uma operação de combate ao crime na Avenida Brasil, extensão da Rodovia Presidente Dutra (BR-116), quando a viatura em que estavam colidiu contra postes e um veículo na via marginal.

“Nossos policiais foram vítimas da mesma violência que juraram prevenir e combater. É um preço altíssimo que, infelizmente, os operadores da Segurança Pública, por vezes, acabam pagando: o de oferecer a própria vida em defesa da sociedade, da lei e da ordem”, declarou o Diretor-Geral da PRF, Antonio Fernando Oliveira.

“Mesmo envoltos pela dor que dilacera a família PRF e ecoa entre todos que dedicam suas vidas à segurança do país, este trágico episódio ressurge como um símbolo comovente do compromisso inquebrantável da PRF com seus mais nobres valores.”

In memorian

PRF Carlos Eduardo Mariath Macedo
PRF Rodrigo Pizetta Fraga
PRF Diego Abreu de Figueiredo

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O impacto dos sinistros de trânsito na Previdência Social: uma crise silenciosa

ter, 22/04/2025 - 13:30
Esse cenário criou um novo perfil de beneficiários: jovens em idade produtiva que se tornam dependentes de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e aumentam os pagamentos por pensões por morte. Foto: vverve para Depositphotos

Por Alysson Coimbra

Em um momento em que o Brasil enfrenta filas recordes no INSS e o governo federal anuncia investimentos em bonificações para reduzir a espera por perícias, é fundamental analisarmos uma das principais causas dessa sobrecarga: os sinistros de trânsito.

Os sinistros de trânsito representam um dos maiores drenos de recursos da Previdência Social brasileira. Segundo estudos da Secretaria de Previdência Social, apenas no período de 2003 a 2012, o sistema previdenciário desembolsou aproximadamente R$ 25,6 bilhões com benefícios relacionados a acidentes de trânsito, uma média anual de R$ 2,56 bilhões. Estudos recentes sobre os custos de acidentes, como a Nota Técnica 75 do Ipea, não detalham o impacto na previdência. Essa ausência de classificação clara sobre o impacto dos acidentes de trânsito impede a sociedade de mensurar com exatidão o impacto financeiro da insegurança viária na Previdência, lacuna que dificulta o planejamento de políticas públicas específicas e o direcionamento adequado de recursos.

Esta realidade se torna ainda mais preocupante quando observamos o crescimento constante da ocorrência de sinistros, a deterioração da saúde mental dos brasileiros e o aumento da frota de motos. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2011 e 2021, o número de internações de motociclistas na rede pública aumentou 55%. 

Esse cenário criou um novo perfil de beneficiários: jovens em idade produtiva que se tornam dependentes de auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e aumentam os pagamentos por pensões por morte.

Entre 2003 e 2012, a Previdência Social desembolsou quase R$ 12 bilhões com pensões decorrentes de mortes no trânsito. Considerando que muitas das vítimas são jovens com dependentes, esses benefícios frequentemente se estendem por décadas, representando um compromisso financeiro de longo prazo.

A fila para perícias médicas, que já era um problema crônico, agravou-se significativamente. Muitos segurados acidentados aguardam meses para a realização de perícias iniciais ou de revisão, gerando não apenas um problema administrativo, mas uma verdadeira crise social.

Reflexos profundos

Além dos custos diretos com benefícios, os sinistros de trânsito geram outros impactos econômicos significativos, como a perda de arrecadação; custos com reabilitação profissional e a perda de força produtiva. Estudo do IPEA estima que o custo total dos acidentes no Brasil, entre 2007 e 2018, foi de aproximadamente R$ 1,584 trilhão, considerando todos os impactos socioeconômicos.

Soluções estruturais

Para enfrentar este desafio, é necessário um conjunto de medidas que vão além do simples aumento da capacidade pericial. Enquanto o governo federal investe R$ 130 milhões para reduzir as filas do INSS é fundamental reconhecer que investimentos em políticas públicas de segurança no trânsito e prevenção de acidentes teriam um impacto estrutural ainda maior reduzindo, na origem, a demanda por benefícios previdenciários decorrentes de incapacidades evitáveis.

Isso inclui aumentar a fiscalização de trânsito; atuar em pontos críticos; conectar campanhas educativas e informativas ao perfil da população e, principalmente, cuidar da saúde física, mental e psicológica dos motoristas. Não podemos deixar que a validade da CNH de motoristas profissionais seja equiparada à validade dos condutores comuns. E temos que acabar com o laudo psicológico vitalício para motoristas que estão cada vez mais imprudentes, ansiosos e estressados.

Em um momento em que se discute a sustentabilidade do sistema previdenciário brasileiro, investir em segurança viária pode ser uma das estratégias mais efetivas para reduzir a pressão sobre o INSS e garantir um sistema mais ágil e eficiente para todos os segurados.

*Alysson Coimbra é médico especialista em Medicina do Tráfego e diretor científico da Ammetra 

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Sinistros nas rodovias federais crescem em 2024 e atingem maior número de mortes dos últimos cinco anos

ter, 22/04/2025 - 08:15
Embora os dados já mostrassem uma leve tendência de crescimento desde 2021, o salto mais significativo ocorreu entre 2023 e 2024. Foto: Divulgação PRF

O Brasil registrou, em 2024, o maior número de sinistros de trânsito em rodovias federais desde 2020, segundo dados do Anuário Estatístico da Polícia Rodoviária Federal (PRF), lançado na semana passada. Foram 73.156 acidentes, um aumento de mais de 15% em relação a 2020.

Além do crescimento no número total de ocorrências, os dados revelam um aumento preocupante nas vítimas: 84.526 pessoas ficaram feridas — entre casos leves e graves — e 6.160 perderam a vida nas estradas federais. Este é o maior número de mortes no período de cinco anos analisado.

Evolução dos números (2020 a 2024):
  • Sinistros: subiram de 63.585 em 2020 para 73.156 em 2024 (+15%)
  • Feridos: passaram de 71.518 para 84.526 (+18%)
  • Mortes: aumentaram de 5.292 para 6.160 (+16%)

Os feridos graves também tiveram crescimento expressivo: 20.344 casos em 2024, frente aos 17.134 registrados em 2020, o que representa um aumento de 19%.

Veja também Fiscalização e Legislação A cada 10 minutos, 1 motorista desobedece a Lei Seca no Brasil Segurança Pesquisa CNT de Rodovias 2024 aponta a necessidade de reforço contínuo da infraestrutura rodoviária brasileira Segurança “Caminho da morte”: as BRs mais perigosas do país Tendência de alta

Embora os dados já mostrassem uma leve tendência de crescimento desde 2021, o salto mais significativo ocorreu entre 2023 e 2024. Em apenas um ano, o total de sinistros aumentou em mais de 5 mil registros, e as mortes cresceram 9%.

Conforme especialistas em segurança viária, fatores como o aumento da frota circulante, imprudência ao volante e a recuperação da mobilidade após a pandemia podem ter influenciado os números.

Mais atenção e políticas públicas

O cenário do aumento de sinistros nas rodovias federais reforça a necessidade de reforçar a educação para o trânsito, fiscalizações e investimentos em infraestrutura segura. A PRF tem ampliado operações de fiscalização e campanhas educativas, mas os dados mostram que ainda há muito a ser feito para reverter essa curva crescente de acidentes e vítimas nas rodovias federais.

Acesse aqui o Anuário Estatístico 2024 da PRF

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Quando os anúncios encontram as ruas: transporte público, mobilidade e regulação

ter, 22/04/2025 - 08:06
Imagem do Unsplash

No ritmo acelerado das cidades brasileiras, milhões de pessoas circulam diariamente por ruas, metrôs e terminais de ônibus. A mobilidade urbana vai além do simples deslocamento entre dois pontos: ela envolve também as mensagens, imagens e experiências que compõem o espaço público. Entre esses elementos estão os anúncios publicitários — vibrantes, chamativos e, muitas vezes, estrategicamente posicionados para influenciar comportamentos. De telas digitais nas plataformas do metrô a cartazes nos ônibus, a publicidade nos espaços de transporte coletivo se tornou parte integrante do cenário urbano.

Mas o que acontece quando o conteúdo desses anúncios começa a desafiar princípios éticos ou provocar debates? Desenvolvimentos recentes na legislação brasileira reacenderam discussões sobre quais tipos de conteúdo são apropriados para os ambientes de mobilidade pública. Por exemplo, a expansão de anúncios relacionados a apostas para espaços públicos levantou tanto questões legais quanto éticas. Para quem deseja entender melhor o contexto dessas mudanças legislativas, você pode encontrar mais perguntas essenciais aqui.

Este artigo explora como a publicidade nos espaços de transporte público se relaciona com ética, regulação e a experiência urbana como um todo. Discutiremos o impacto das mensagens comerciais sobre os passageiros, o arcabouço legal que rege essas práticas e os crescentes apelos por um uso mais consciente e regulado do espaço coletivo.

A onipresença da publicidade no transporte público

Não é surpresa que os anunciantes valorizem os meios de transporte coletivo. Ônibus, estações de metrô, trens e terminais oferecem alto fluxo de pessoas e um público cativo. No Brasil, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro possuem alguns dos sistemas de transporte mais extensos e utilizados da América Latina, oferecendo aos anunciantes uma audiência massiva e diversa.

De cartazes impressos a envelopamentos completos de veículos, passando por sinalização digital, a evolução da publicidade nos transportes reflete mudanças mais amplas na comunicação urbana. Seja esperando seu ônibus ou caminhando por um corredor do metrô, é provável que você se depare com dezenas de mensagens promovendo produtos de consumo, campanhas políticas, programas educacionais e, cada vez mais, serviços digitais como apostas, jogos e fintechs.

Embora essa diversidade reflita um ecossistema comercial dinâmico, ela também levanta questões sobre equilíbrio e adequação.

Espaços públicos, mensagens privadas: quem define os limites? Imagem do Unsplash

O transporte urbano é, por definição, um espaço compartilhado — operado por instituições públicas, mas acessado por toda a população. Isso torna o conteúdo veiculado nesses ambientes sujeito a maior escrutínio. Quando a publicidade é inserida nesses locais, ela não apenas tenta vender produtos, mas também passa a compor o tecido social.

Quem decide o que pode ou não ser anunciado no transporte público? No Brasil, os marcos regulatórios variam de acordo com o município e com o tipo de sistema de transporte. Governos locais e empresas públicas geralmente terceirizam a gestão da mídia publicitária para companhias privadas, que administram os espaços e os contratos. Embora existam diretrizes, a aplicação das regras é muitas vezes inconsistente.

Em teoria, os anúncios devem evitar promover conteúdos que possam prejudicar o interesse público — como produtos ligados à dependência, desinformação ou práticas antiéticas. Na prática, porém, a fiscalização não acompanha o ritmo da inovação. O surgimento da publicidade digital nesses ambientes facilita a atualização rápida do conteúdo, sem necessariamente passar por processos de revisão criteriosos.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mesmo em ambientes regulados, as cidades brasileiras precisam equilibrar a geração de receita publicitária com a responsabilidade de proteger o interesse público — especialmente em zonas de transporte que atendem populações vulneráveis ou de risco.

Dilemas Éticos em Áreas de Grande Circulação

A discussão não se limita ao campo legal — ela envolve também valores éticos. Crianças devem ser expostas a anúncios de apostas enquanto esperam o ônibus escolar? Que mensagem é transmitida quando estações de metrô exibem propagandas de serviços com reputações controversas?

Um ponto crucial é que os espaços de transporte coletivo não são ambientes de escolha. As pessoas estão ali por necessidade, não por interesse em publicidade. Diferentemente das redes sociais ou da televisão, não há como “mudar de canal” nesses contextos.

Isso aumenta a responsabilidade ética tanto dos anunciantes quanto das autoridades públicas. A publicidade em espaços de mobilidade deve ser pensada com sensibilidade à diversidade do público presente — incluindo crianças, idosos e indivíduos com vulnerabilidades, como pessoas em situação de vício.

Influência psicológica e comportamental Imagem do Unsplash

Há evidências consistentes de que a exposição repetitiva à publicidade pode moldar comportamentos. Embora boa parte das pesquisas tenha como foco produtos de consumo, efeitos semelhantes têm sido observados em serviços como jogos e apostas online.

Pessoas que transitam diariamente por ambientes sobrecarregados de anúncios estão sujeitas a estímulos persistentes, que podem afetar suas atitudes e decisões ao longo do tempo. Isso é especialmente preocupante em relação a temas como o jogo, que possui conexões documentadas com comportamentos impulsivos e transtornos de vício.

Além disso, a publicidade não apenas influencia indivíduos — ela também molda normas culturais. Quando os anúncios de apostas se tornam parte do cotidiano visual em espaços públicos, podem passar uma falsa sensação de normalidade e aceitação.

Panorama legal e mudanças recentes

O Brasil tem passado por transformações importantes em sua abordagem legal sobre o mercado de apostas. A regulamentação das apostas esportivas e das plataformas de jogos online abriu novas oportunidades de marketing, muitas das quais agora estão chegando aos espaços públicos.

Essa expansão tem sido mais rápida do que a capacidade dos órgãos reguladores de fiscalizar onde e como esses serviços são promovidos. Por isso, governos locais começam a repensar o tipo de conteúdo considerado apropriado para ambientes públicos — especialmente os ligados à mobilidade urbana.

A discussão é mais ampla do que a legislação: trata-se de um debate social. Encontrar o equilíbrio entre os benefícios econômicos da publicidade e a responsabilidade ética de proteger o público é um desafio que todas as cidades precisam enfrentar.

Exemplos internacionais e boas práticas

Fora do Brasil, diversas cidades já adotaram regras rigorosas para a publicidade em sistemas de transporte. Por exemplo:

  • Londres proíbe anúncios de fast food, jogos de azar e bebidas alcoólicas em seus ônibus e metrôs;
  • Paris limita o volume de publicidade em espaços públicos e veta certas categorias;
  • Nova York utiliza conselhos comunitários para revisar propostas de anúncios nos meios de transporte coletivo.

Esses modelos mostram que é possível construir políticas públicas mais responsáveis, com foco no bem-estar coletivo e não apenas no lucro comercial.

Caminhos para uma comunicação urbana mais consciente

O que pode ser feito?

  1. Regulação Transparente: Estabelecer diretrizes claras nos níveis federal e municipal para a publicidade em meios de transporte.
  2. Consulta Pública: Incluir a população nas decisões sobre que tipo de conteúdo pode ocupar os espaços públicos.
  3. Restrições de Conteúdo: Restringir ou proibir totalmente anúncios de determinados segmentos — como jogos de azar, bebidas alcoólicas e fast food — em zonas de grande vulnerabilidade.
  4. Fiscalização Digital: Com o avanço das mídias digitais, é preciso atualizar os mecanismos de aprovação de conteúdo para acompanhar o ritmo da tecnologia.

A publicidade nos espaços urbanos deve ser vista não apenas como fonte de renda, mas como uma responsabilidade pública.

Na próxima vez que você estiver em um ponto de ônibus ou no metrô, observe os anúncios ao seu redor. Eles não estão apenas vendendo produtos — estão moldando o que consideramos normal, aceitável e desejável em nossa sociedade.

À medida que as cidades brasileiras crescem e se modernizam, é essencial repensar como os espaços de transporte são utilizados para veicular mensagens. A regulamentação ética da publicidade em ambientes de mobilidade deve acompanhar as transformações digitais e os novos desafios sociais.

Promovendo transparência, inclusão e responsabilidade, podemos garantir que os conteúdos exibidos em nossos espaços compartilhados reflitam os valores que queremos preservar — e não apenas os interesses comerciais de quem anuncia.

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Acre reduz em 45,2% número de mortes no trânsito no primeiro trimestre de 2025

seg, 21/04/2025 - 18:00
Imprudência, excesso de velocidade e combinação de álcool e direção continuam entre principais causas dos acidentes com vítimas fatais. Foto: Kelvisson Monteiro/Detran

O Acre registrou uma redução de 45,2% no número de mortes no trânsito entre os meses de janeiro e março de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a Coordenação de Engenharia e Estatística do Trânsito (Ceet), 17 pessoas morreram nas vias acreanas neste primeiro trimestre, e 31 foram contabilizadas no mesmo período de 2024.

Dezessete pessoas morreram nas vias acreanas neste primeiro trimestre, e 31 foram contabilizadas no mesmo período de 2024. Gráfico: reprodução Tendência positiva sobre número de mortes no trânsito do Acre

Apesar de se tratar de um dado parcial, os números demonstram uma tendência positiva e sinalizam o impacto das campanhas educativas, ações de fiscalização e investimentos em infraestrutura viária. Ainda assim, a imprudência, como o excesso de velocidade e a perigosa combinação de álcool e direção continuam entre as principais causas dos acidentes com vítimas fatais.

Para a presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Taynara Martins, a redução nas estatísticas é um avanço importante, mas não pode ser encarada como ponto de chegada.

“Essa queda é, sem dúvida, uma conquista que precisa ser reconhecida, fruto do esforço conjunto entre órgãos públicos, sociedade civil e imprensa. No entanto, ainda estamos longe do ideal. Cada vida perdida no trânsito é uma tragédia e nosso compromisso é continuar trabalhando para que esses números caiam ainda mais. Queremos e trabalhamos por um trânsito mais seguro para todos”, afirma.

O Detran, em parceria com a Polícia Militar (PMAC), deve intensificar ações de conscientização ao longo do ano, com foco especial em campanhas como o Maio Amarelo — movimento internacional de conscientização para a redução de acidentes de trânsito. A expectativa é sensibilizar condutores, pedestres bem como ciclistas para a importância da responsabilidade e do respeito às leis de trânsito.

As equipes de Educação e Fiscalização da autarquia trabalham diuturnamente com orientação e monitoramento das vias. Conforme o órgão, a indicação dada pelos profissionais é clara: prudência, atenção e empatia são atitudes que salvam vidas.

As informações são da Agência de Notícias do Acre

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DetranRS quer ouvir a população sobre ações para pessoas idosas no trânsito

seg, 21/04/2025 - 13:30
Questionário pode ser respondido ate 25 de abril. Foto: MVolodymyr para Depositphotos

A Escola Pública de trânsito quer ouvir pessoas 70+ , familiares e conselheiros dos direitos dos idosos para planejar ações de segurança no trânsito para esse público específico. O questionário disponível no site https://escola.detran.rs.gov.br/ pode ser respondido até o dia 25 de abril.

A sondagem questiona os principais problemas enfrentados pelas pessoas idosas, bem como seus interesses em relação a temática e modalidade de futuros cursos e atividades.

A Escola Pública de Trânsito do DetranRS é responsável por desenvolver ações de educação para o trânsito direcionadas a todos os públicos no RS. Além das atividades presenciais na sede da Cidade Baixa, Capital, a Escola online oferece diversos cursos na modalidade a distância, todos totalmente gratuitos.

Possíveis dúvidas podem ser enviadas ao email cest@detran.rs.gov.br.

O link para a pesquisa sobre segurança de pessoas idosas no trânsito também pode ser acessado diretamente aqui: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfXzSLecIiumBGYg7NiZE1n9kvMLop6MDWuuMzfQsatrvpDwA/viewform.

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Falta do cinto de segurança ainda é realidade alarmante nas rodovias

seg, 21/04/2025 - 08:15
Uma parcela significativa dos usuários das rodovias ainda ignora o uso do cinto de segurança. Foto: Divulgação Eixo SP

Um estudo realizado pela Eixo SP Concessionária de Rodovias revela um cenário preocupante. Muitos motoristas e passageiros ainda negligenciam o uso do cinto de segurança, principalmente no banco traseiro. Dados coletados em 2024 e durante o feriado prolongado de Carnaval deste ano mostram que, em média, 12% das pessoas nos bancos dianteiros (condutor e passageiro) e 34% dos ocupantes dos bancos traseiros não utilizam o equipamento, aumentando significativamente os riscos de lesões graves ou morte em caso de acidente. 

Apesar de ser um item obrigatório e amplamente divulgado como essencial para a segurança no trânsito, o cinto de segurança ainda é ignorado por uma parcela significativa dos usuários das rodovias.

“Muitas pessoas acreditam que, em trajetos curtos ou no banco de trás, o cinto não é necessário, mas isso é um engano perigoso. Em uma colisão, a falta do equipamento pode ser fatal até mesmo em baixas velocidades”, alerta Viviane Riveli de Carvalho, coordenadora de Segurança Viária da Eixo SP.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso correto do cinto reduz em até 50% o risco de morte em colisões. 

Para passageiros no banco traseiro, a falta do cinto não só coloca suas vidas em perigo, mas também aumenta o risco de ferir gravemente os ocupantes da frente. Dados da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) mostram que não usar o cinto no banco traseiro aumenta em cinco vezes o risco de morte para os ocupantes da frente. Isso ocorre porque, em uma colisão, os passageiros desprotegidos são arremessados contra os demais ocupantes.

Veículos monitorados

O levantamento aconteceu durante uma semana em maio e uma semana em outubro do ano passado e durante o feriado prolongado de Carnaval este ano. Houve a observação de mais de 8 mil veículos em maio e a mesma quantidade em outubro de 2024. No estudo que aconteceu durante o Carnaval houve a análise de mais de 7 mil veículos.

Equipes da concessionária permaneceram em pontos estratégicos nas praças de pedágio instaladas ao longo do trecho concedido observando e anotando o uso e a ausência do equipamento de segurança entre os ocupantes dos veículos.

Embora o levantamento aponte uma média de 12% dos ocupantes dos bancos dianteiros e 34% dos ocupantes dos bancos de trás sem cinto de segurança, em alguns locais a negligência foi ainda maior.

Na praça de pedágio de Oriente, por exemplo, o flagrante da falta do uso de cinto de segurança pelos ocupantes do banco traseiro chegou a impressionantes 60%, na média dos três levantamentos. Houve o registro de altos índices de imprudência também nas praças de Piracicaba (51%), Torrinha (51%), Paraguaçu Paulista (50%) e Cabrália Paulista (41%). Já a ausência do uso de cinto de segurança por passageiros do banco da frente foi maior, em média, nas praças de Cabrália Paulista (20%) e Torrinha (20%).

O que diz a lei

O uso do cinto de segurança é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, tanto na cidade quanto nas rodovias. A infração é grave, com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor. Para Viviane, é fundamental que os motoristas assumam a responsabilidade de checar se todos os passageiros estão com o cinto afivelado antes de iniciar a viagem.

“O condutor do veículo não deve seguir viagem enquanto todos não estiverem devidamente protegidos. Não é apenas uma questão de multa, mas de preservar a vida. O cinto de segurança é a forma mais eficaz de se proteger em um acidente”, destaca a coordenadora de Segurança Viária da Eixo SP.

Segundo Viviane, os dados do levantamento reforçam a necessidade de campanhas de conscientização sobre a importância do uso do cinto de segurança.

“Este simples ato pode ser a diferença entre a vida e a morte em um acidente. Portanto, é essencial que todos adotem essa prática como parte indispensável da rotina ao entrar em um veículo. Afinal, prevenir é sempre o melhor caminho”, afirma Viviane.

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Série “Histórias na Estrada” dá voz aos caminhoneiros e chega ao terceiro episódio

dom, 20/04/2025 - 18:00
A série “Histórias na Estrada” retrata a trajetória de caminhoneiros e suas experiências nas estradas do Brasil. Foto: Neitaje Marketing Estratégico e Fotografia

A série “Histórias na Estrada”, que retrata a trajetória de caminhoneiros e suas experiências nas estradas do Brasil, chega ao seu terceiro episódio. A produção, idealizada pelo CFC JAT, de Erechim-RS, teve seu primeiro
episódio divulgado em setembro de 2024 e, desde então, vem destacando esses profissionais fundamentais para o transporte e o desenvolvimento do país.

Nos episódios anteriores, a série já trouxe relatos como o de Atacilio Paula Rodrigues, o Gauchinho, que há quase 40 anos percorre as rodovias, e Douglas Varela, que compartilhou sua vivência ao longo de mais de uma
década na estrada.

Cada história revela não apenas a rotina desses motoristas, mas também os sonhos e a paixão pelo que fazem.

Para a Diretora-Geral do CFC JAT, Suelen Flores, a série representa um reconhecimento necessário.

“Os caminhoneiros fazem muito mais do que transportar cargas. São profissionais que dedicam suas vidas à estrada, enfrentando jornadas intensas para que tudo chegue ao seu destino. Contar essas histórias é uma forma de valorizar cada um deles”, ressalta.

O próximo episódio já está no ar. Acompanhe no Instagram @cfcjat e conheça mais sobre quem vive a estrada todos os dias!

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CET abre inscrições para o 15º Prêmio de Educação de Trânsito

dom, 20/04/2025 - 13:30
O tema principal do concurso deste ano é: “Respeitar a faixa de pedestres e o semáforo preserva a vida!”. Foto: Meawpong2008 para Depositphotos

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está com inscrições abertas para o 15º Prêmio CET de Educação de Trânsito. A iniciativa tem por objetivo incentivar a reflexão, a criatividade e a produção de trabalhos voltados para a segurança no trânsito. É possível concorrer em 15 categorias, da Educação Infantil até o Ensino Universitário. O período de inscrições vai de 16 de abril a 7 de agosto, exclusivamente pelo site.

Podem concorrer estudantes do ensino infantil até o universitário, educadores, motoristas, motociclistas, ciclistas, pessoas idosas e qualquer cidadão maior de 16 anos que estude ou more na cidade de São Paulo.

Os trabalhos sobre o tema Respeitar a faixa de pedestres e o semáforo preserva a vida! poderão ser encaminhados por upload, no site CET, no link do 15º Prêmio CET de Educação de Trânsito https://www.cetsp.com.br/consultas/educacao/15o-premio-cet/o-premio.aspx, via correio ou entregues pessoalmente à CET/Barra Funda (Av. Marquês de São Vicente, 2.154), de 2ª a 6ª feira das 9h às 12h e das 14h às 17h (EXCETO FERIADOS), no período de 16 de abril a 14 de agosto. Não haverá o recebimento dos trabalhospor e-mail.

A distribuição dos prêmios ocorrerá da seguinte forma para cada uma das 15 categorias:

1º lugar – R$ 7.000,00 (sete mil reais)

2º lugar – R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

3º lugar – R$ 4.000,00 (quatro mil reais)

Para mais informações, clique aqui.

As informações são da SECOM – Prefeitura da Cidade de São Paulo

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Evite pontos indevidos na CNH: como indicar o verdadeiro condutor que cometeu uma infração de trânsito

dom, 20/04/2025 - 08:15
O Detran-RR orienta os proprietários de veículos a realizarem a indicação do real condutor que cometeu infrações de trânsito. Foto: Ascom Detran/RR

Atribuir corretamente a responsabilidade por infrações de trânsito é essencial para garantir justiça e segurança no trânsito brasileiro. Embora a orientação venha do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Detran/RR), o procedimento para indicar o verdadeiro condutor é válido em todo o país, com respaldo da Senatran (Secretaria Nacional de Trânsito) e disponível em plataformas digitais acessíveis a todos os motoristas.

A indicação do condutor que realmente cometeu uma infração garante que os pontos não sejam atribuídos de forma indevida ao proprietário do veículo — o que pode evitar penalidades injustas, como a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

“É necessário ter uma conta Gov.br e o processo de indicação de quem cometeu a infração é bem simples. Além disso, a indicação é importante porque traz mais segurança para o proprietário e para o condutor do veículo, ainda mais por conta das várias modalidades de golpes que estão sendo aplicados”, explica José Raimundo Rodrigues, diretor de Controle de Condutores e Veículos do Detran-RR.

Como fazer a indicação do real condutor

É possível realizar o procedimento de forma digital, de maneira prática e segura, por meio:

Em ambos os casos, é necessário ter uma conta Gov.br e a CNH em formato digital. Vale destacar que, por enquanto, só se permite a indicação online entre pessoas físicas.

Passo a passo no aplicativo CDT
  1. Acesse o app CDT e faça login com a conta Gov.br;
  2. Clique em “Infrações” e depois em “Por veículo”;
  3. Selecione o veículo e a infração;
  4. Clique em “Real infrator” e preencha os dados solicitados;
  5. O condutor indicado também deve acessar o CDT e confirmar a responsabilidade.
Passo a passo pelo site da Senatran
  1. Acesse o portal da Senatran;
  2. Vá até o menu “Infrações” e clique em “Não foi você quem cometeu a infração? Veja como indicar o real infrator”;
  3. Informe o nome e CPF do condutor responsável.
Por que isso é importante?

Além de garantir que os pontos da CNH sejam atribuídos corretamente, o procedimento evita transtornos ao proprietário do veículo, como penalidades indevidas ou problemas na renovação da habilitação. Também fortalece a transparência e a segurança em tempos de aumento de golpes relacionados a infrações de trânsito.

As informações são da Ascom Detran/RR

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A importância da capacitação de motoristas para um trânsito mais seguro

sab, 19/04/2025 - 18:00
Créditos: GoodLifeStudio / iStock

O Brasil é um país de dimensões continentais, com estradas em que circulam milhões de pessoas e mercadorias todos os dias. Pelos seus mais de 1,7 milhão de quilômetros de rodovias, passam cerca de 95% do transporte de passageiros e 60% das mercadorias transportadas, segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT).

Um panorama das estradas brasileiras

Contudo, existe uma consequência perigosa de toda essa dependência pelo transporte terrestre. O Brasil é um dos países com o trânsito mais perigoso do mundo. Ainda segundo a CNT, foram registrados 7 acidentes a cada 10 km de rodovias em 15 anos de levantamento. 

Em 2024, somente nas rodovias federais foram registrados mais de 73 mil acidentes, sendo que a desatenção foi responsável por cerca de 40% deles. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, polícia que fiscaliza essas estradas, entre as causas, estão fadiga, estresse, desatenção , excesso de velocidade, uso de celular ao volante e também uso de substâncias.

Atenção às necessidades dos motoristas

Uma vez que os caminhoneiros são os trabalhadores que mais frequentam as estradas, é essencial que se tenha um olhar cuidadoso sobre suas necessidades. Afinal, dirigir com segurança demanda cuidado, e é fundamental que tenham direito a descanso, limite na jornada de trabalho, intervalo para refeições, entre outras coisas. 

Além disso, o investimento em segurança e o treinamento devem ser rotina para uma capacitação contínua dos motoristas de frotas. Desta forma, promove-se uma cultura de segurança dentro da empresa. Para tanto, programas de capacitação são necessários, envolvendo principalmente a promoção da direção defensiva.

O motorista que não se atualiza certamente se expõe a mais riscos, bem como oferece mais perigos para ocupantes de outros automóveis, pedestres e até mesmo para a própria carga. Contudo, é dever da transportadora fornecer treinamento e estrutura para seus motoristas, principalmente para aqueles que transportam cargas perigosas.

Conscientização para uma cultura de segurança

Entre os treinamentos importantes na capacitação de motoristas, há a conscientização sobre o descanso obrigatório, o que significa pausas de 30 minutos a cada 6 horas de condução e intervalos de ao menos 8 horas dentro de um dia. O caminheiro também tem direito a pausas de uma hora para refeições. Estas e outras regras estão estipuladas na chamada Lei do Caminhoneiro.

É função da transportadora ter uma gestão de frotas eficiente, capaz de contabilizar esse tempo dentro do prazo da entrega, para que a culpa de eventuais atrasos não recaia sobre o motorista. O estresse que decorre de prazos apertados e mal planejados pode se tornar uma grave preocupação, refletindo em uma direção menos cuidadosa.

O que decorre disso é que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física. Nenhuma das duas pode ser negligenciada. Uma boa gestão de frotas deve também ser capaz de perceber comportamentos de risco causados pelo estresse, algo que pode ser feito com auxílio da tecnologia. 

Uma gestão inteligente e tecnológica tem capacidade de agir praticamente em tempo real, minimizando os riscos assim que eles surgem. A tecnologia também pode ser uma aliada para detectar problemas mecânicos no caminhão, por exemplo. Contudo, uma boa gestão também capacita o caminhoneiro nas questões de manutenção preventiva.

Direção defensiva na prática

No mais, a direção defensiva é o que, na prática, fará a maior diferença no que tange à segurança. Em termos estritamente objetivos, significa promover o respeito às leis de trânsito, o que inclui velocidade, sinalização, uso de cinto de segurança e também respeito aos outros motoristas. 

Ademais, inclui antecipar as ações de outros motoristas, fazer ultrapassagens somente quando a situação permitir e prestar atenção à pista e também às condições climáticas. Além disso, é importante que o motorista tenha noções de primeiros socorros e saiba agir em uma emergência, principalmente em acidentes com cargas perigosas.

O futuro da profissão em jogo

Desta forma, com os esforços somados, é possível chegar a estradas mais seguras para todos. Isso significa mais pessoas dispostas a até mesmo trabalhar na área. Hoje, estima-se que haja um déficit de cerca 1,5 milhão de profissionais nas estradas. O perigo é certamente um dos fatores que afasta novos trabalhadores.

Com uma demanda crescente por esses profissionais, uma vez que são pilares para o transporte da categoria, cuja importância econômica para o Brasil é imensa, já que passam pelas suas mãos cerca de 7% do PIB nacional, a formação e capacitação dos motoristas é fundamental.

Sendo assim, é somente por meio de uma gestão de frotas eficiente, capaz de reforçar os pontos fortes e apontar os pontos fracos, que a empresa de transportes se mantém competitiva neste mercado acirrado. Além disso, é por meio dela que a cultura de segurança é fortalecida, beneficiando a todos.

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O que a morte de três policiais rodoviários pode nos ensinar sobre cultura institucional

sab, 19/04/2025 - 13:30

* Alysson Coimbra

Dr. Alysson Coimbra convida o leitor a refletir se não está na hora de transformar o luto pelos policiais rodoviários em legado. Foto: Divulgação PRF

Em um país onde morrem mais de 30 mil pessoas por ano no trânsito, não há espaço para naturalizar hábitos inseguros. Desde 1998, o uso do cinto de segurança é obrigatório no Brasil, conforme o Código de Trânsito Brasileiro. No entanto, ainda hoje, essa norma é frequentemente desconsiderada — e isso se torna ainda mais grave quando acontece dentro das próprias forças de segurança pública.

O cinto de segurança é comprovadamente eficaz na prevenção de mortes por ejeção do veículo, além de ser essencial para a eficiência dos airbags. A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET) emitiu diretrizes claras sobre o tema, alertando para o risco letal da sua não utilização, especialmente em colisões de alto impacto, como as que ocorrem em rodovias ou durante perseguições policiais.

Contudo, um comportamento institucionalizado se enraizou nas corporações policiais: o não uso do cinto, sob o argumento de que, em áreas urbanas, a reação rápida a tiroteios, emboscadas ou evacuação do veículo justifica sua dispensa. Ainda que essa exceção tática faça sentido em operações específicas, ela não pode ser tratada como regra geral, sobretudo em contextos de alta velocidade e risco de impacto.

Recentemente, o Brasil foi abalado pela morte de três policiais rodoviários federais em uma perseguição de trânsito.

Embora não haja confirmação oficial sobre o uso do cinto pelos agentes, o fato reacendeu uma pergunta incômoda, mas necessária: por que seguimos tolerando dentro das corporações aquilo que jamais aceitaríamos na população comum?

Não se trata de apontar culpados, nem de explorar uma tragédia em meio à dor. Trata-se de refletir se não está na hora de transformar o luto em legado. Se não for agora, quando? Quando mais precisaremos perder profissionais dedicados para rever práticas que, apesar de frequentes, são perigosas?

Essa cultura da exceção virou rotina. E rotinas repetidas sem crítica geram aquilo que chamamos de consciência coletiva equivocada. Nas corporações policiais, criou-se uma matriz comportamental que vê o cinto como obstáculo, quando na verdade ele é proteção. Isso precisa mudar.

A Páscoa nos relembra o sacrifício de um homem que morreu por todos. Por que, então, não honrar a memória desses três homens que tombaram servindo ao país com uma mudança real e simbólica? Que a partir dessa tragédia, possamos promover uma virada de cultura — em que o uso do cinto de segurança não seja um ato opcional, mas um compromisso com a vida, com a farda e com a missão.

* Alysson Coimbra é médico especialista em Medicina do Tráfego, referência nacional em saúde do condutor, segurança viária e políticas públicas de mobilidade. Coordenador do projeto Novos Horizontes no Trânsito e Consultor técnico no Congresso Nacional em temas de trânsito e comportamento.

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Tecnologia contra pontos cegos: PL propõe novos dispositivos obrigatórios em caminhões e ônibus

sab, 19/04/2025 - 08:15
Com uma frota de mais de 123 milhões de veículos — sendo cerca de 4% caminhões e ônibus — o Brasil enfrenta o desafio de modernizar gradualmente os modelos em circulação. Foto: dipnik para Depositphotos

Um novo projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados quer tornar obrigatória a instalação de tecnologias de alerta de ponto cego e dispositivos de visibilidade aumentada em caminhões e ônibus. A proposta, de autoria da deputada Dayany Bittencourt (UNIÃO/CE), também prevê o uso de adesivos refletivos de ponto cego nesses veículos. O objetivo é reduzir o número de colisões causadas por ângulos mortos.

O PL 1388/2025 altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e a Lei 9.602/1998 para inserir esses dispositivos entre os itens obrigatórios dos veículos pesados. Pela proposta, os novos modelos de caminhões e ônibus fabricados ou montados no país deverão incorporar os equipamentos de forma progressiva a partir do segundo ano após a definição das especificações técnicas pelo Contran. Já os veículos antigos terão prazo de cinco anos para se adaptar.

O projeto também amplia as possibilidades de financiamento desses itens com recursos públicos, incluindo:

  • multas de trânsito;
  • verbas do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito (FUNSET);
  • parcerias com o setor privado;
  • percentuais de receitas das loterias;
  • e recursos de fundos públicos com saldos inativos.
Impacto na formação e educação para o trânsito

Embora o texto não trate diretamente dos Centros de Formação de Condutores (CFCs), a medida deve impactar diretamente a formação de motoristas profissionais. Eles precisarão receber capacitação para operar esses novos sistemas de segurança. Além disso, ao incluir os dispositivos como parte da infraestrutura veicular obrigatória e ao prever o uso do FUNSET para seu custeio, o projeto reforça a importância da educação para o trânsito. Ou seja, uma das principais áreas de atuação dos CFCs no Brasil.

A deputada argumenta que a proposta é uma resposta ao alto número de acidentes envolvendo veículos pesados. Com uma frota de mais de 123 milhões de veículos — sendo cerca de 4% caminhões e ônibus — o Brasil enfrenta o desafio de modernizar gradualmente os modelos em circulação. A medida é vista como um avanço em direção aos padrões internacionais de segurança viária. Ou seja, como já ocorre na França, onde o uso de adesivos de ponto cego em veículos pesados é obrigatório desde 2021.

Com prazos escalonados e mecanismos diversificados de financiamento, a proposta busca evitar que o custo da modernização pese no bolso dos caminhoneiros autônomos e pequenas transportadoras. E, por consequência, no consumidor final.

Para a autora do PL, trata-se de um compromisso com a vida e com um trânsito mais seguro para todos: motoristas, pedestres, ciclistas e passageiros. Agora, o projeto aguarda a tramitação nas comissões temáticas da Câmara dos Deputados.

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Educação para o Trânsito ganha protagonismo em evento que marca o lançamento da Jornada pela Educação no Ceará

sex, 18/04/2025 - 18:00
O evento traz para o centro do debate a necessidade de modernização no processo de formação de condutores no Brasil. Foto: Divulgação Detran/CE

Fortaleza será palco de um importante encontro para o futuro da segurança viária no Brasil. No dia 25 de abril, o auditório do SENAC Aldeota receberá o evento “Educação para o Trânsito Salva Vidas”. Ele é promovido pelo Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado do Ceará (SINDCFCS/CE) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (FECOMÉRCIO/CE), com apoio do SENAC/CE e da FENEAUTO. O encontro marca o início da Jornada pela Educação para o Trânsito. Além disso, traz para o centro do debate a necessidade de modernização no processo de formação de condutores no Brasil.

Reunindo empresários, educadores, especialistas e representantes da sociedade civil, o evento tem como objetivo promover um amplo diálogo sobre o papel da educação no trânsito como ferramenta de cidadania e preservação de vidas. Um dos momentos mais aguardados da programação é o lançamento do Selo de Excelência na Formação de Condutores do Ceará. Ele reconhecerá anualmente os CFCs que demonstrarem alto padrão de qualidade técnica, pedagógica e estrutural. O selo terá avaliação técnica conduzida pelo SENAC/CE e busca valorizar as boas práticas no setor.

Outro destaque do encontro é o painel que apresentará oficialmente a Jornada pela Educação para o Trânsito, iniciativa de alcance nacional que pretende construir, por meio de consulta pública e debates técnicos, uma proposta de atualização do processo de habilitação no Brasil até o fim de 2025. A proposta se baseia em três pilares: modernização educacional, menos burocracia e custos para os cidadãos e mais segurança jurídica para autoescolas, instrutores e candidatos.

Para Eliardo Martins, presidente do SINDCFCS/CE, o momento é histórico.

“Estamos iniciando uma verdadeira virada de chave na formação de condutores no Brasil. A educação para o trânsito precisa deixar de ser um protocolo burocrático e se tornar um instrumento efetivo de proteção à vida. Com o apoio das entidades e da sociedade, temos condição de liderar essa mudança a partir do Ceará”, destaca.

Serviço: 

Educação para o Trânsito Salva Vidas

Data: 25 de abril de 2025 

Horário: das 8h às 13h 

Local: Auditório do SENAC Aldeota – Fortaleza/CE

Realização: SINDCFCS/CE e FECOMÉRCIO/CE. Apoio: SENAC/CE e FENEAUTO

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