A determinação para que as autoescolas usem simuladores de direção nos cursos para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entrou em vigor no dia 1º de janeiro deste ano. O problema é que emSergipe os centros de formação de condutores ainda não possuem o equipamento. A aquisição desse material deve elevar o valor dos cursos em 40% e as pessoas que derem entrada no procedimento a partir de 2014 podem, ainda, ter complicações devido a falta do simulador no estado.

A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou obrigatória a utilização de simuladores para os que desejam obter a CNH na categoria B (carro). As aulas no equipamento devem ser realizadas antes do aluno ir para a parte prática nas ruas. Com o aparelho, o futuro motorista conhece situações que ele pode vivenciar no dia a dia, como ultrapassagens, chuva inesperada, além de possibilitar noções de direção defensiva.

“Trata-se de um equipamento caro, cerca de R$ 40 mil, e os proprietários dos centros de formação de condutores ficaram aguardando e hoje é necessário o simulador. O processo de retirada da CNH só vai ser finalizado com as aulas no aparelho como sequência no curso”, explica Ailton Lima, gerente de habilitação do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

Os donos de autoescolas do estado contestam a medida. Para o presidente do sindicato da categoria, os simuladores pouco devem contribuir para uma efetiva mudança no trânsito e na melhoria da capacitação do condutor.

“O que falta no nosso trânsito é educação. Não vai ser o simulador com cinco aulas práticas de meia hora que vai educar esse cidadão e que vai dar um bom conhecimento do trânsito do dia a dia para esse aluno”, argumenta José Alberto Santos Silva, presidente do Sindicato das Autoescolas.